“Um velho camponês chinês tinha um cavalo”. Este, certo dia, desapareceu e não voltou mais. Os amigos do velho camponês lhe disseram: 'De fato, você não tem sorte! '.
Ao que o homem respondeu: 'Sorte ou azar, quem sabe?'. Mas, eis que, semanas depois, o cavalo voltou para a fazenda, acompanhado de doze cavalos selvagens. Disseram, então, ao velho camponês: 'Você tem mesmo sorte!', ao que ele respondeu: 'Sorte ou azar, quem sabe?'
Cheio de alegria, o filho do camponês montou num dos cavalos selvagens, partiu galopando, caiu e quebrou uma perna. Os amigos disseram ao pai: 'Realmente, isso não é sorte!'. Ele, entretanto, balançou a cabeça: 'Sorte ou azar, quem sabe?'. Ora, o país estava em plena guerra civil. Passando pelas aldeias, os soldados levavam à força os rapazes em idade de carregar uma arma. Só o filho do camponês escapou. 'Você tem sorte', disseram os amigos ao velho camponês. 'Sorte ou azar, quem sabe?', “disse-lhes, balançando a cabeça”.
Essa história, contada por Michel Wackenheim, serve para nos lembrar que os fatos não são sempre o que parecem ser. Que ela nos lembre, também, que Alguém cuida de nós, tanto nos dias de sol como nos de chuva. Fielmente.
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