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22 de ago. de 2007

CONSTRUINDO PONTES
Certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas,
separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.
Foi a primeira grande desavença em toda uma vida
trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e
cuidando um do outro.
Durante anos percorreram uma estreita, porém, comprida
estrada que corria ao longo do rio para, ao final de
cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutarem um da
companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam-no com
prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O
que começara com um pequeno mal entendido finalmente
explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas
por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua
porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de
ferramentas de carpinteiro em sua mão, que lhe disse:
- Estou procurando por trabalho, talvez você tenha um
pequeno serviço aqui e ali. Posso ajuda-lo?

- Sim! - disse o fazendeiro - Claro que tenho trabalho
para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É de meu
vizinho, na realidade, meu irmão mais novo. Brigamos
muito e não mais posso suportá-lo. Vê aquela pilha de
madeira perto do celeiro Quero que você me construa uma
cerca bem alta ao longo do rio para que eu não mais
precise vê-lo.
- Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro.
Mostre-me onde estão o martelo e os pregos que
certamente farei um trabalho que lhe deixara satisfeito.
Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o
carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem
trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo,
cortando e pregando.
Já anoitecia quando terminou sua obra, ao mesmo tempo
que o fazendeiro retornava. Porém, seus olhos não podiam
acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em
seu lugar estava uma ponte que ligava um lado do riacho
ao outro. Era realmente um belo trabalho, mas,
enfurecido, exclamou:
- Você é muito insolente em construir esta ponte após
tudo que lhe contei!!!
No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer
seus olhos para a ponte mais uma vez, viu seu irmão
aproximando-se da outra margem, correndo com seus braços
abertos. Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu
lado do rio, quando, num só impulso, correram um na
direção do outro, abraçando-se e chorando no meio da
ponte.
Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas
ferramentas e partindo.
- Não, espere!- disse o mais velho - Fique conosco mais
alguns dias, tenho muitos outros projetos para você
O carpinteiro então lhe respondeu:
- Adoraria ficar. Mas, tenho muitas outras pontes
para construir.
Senhor, Faze-me Instrumento de Tuas Mãos

Senhor,

queres as minhas mãos para passar este dia

ajudando os pobres e os doentes necessitados?

Senhor, dou-te hoje as minhas mãos.

Senhor,

queres os meus pés para passar este dia

visitando os que precisam de um amigo?

Senhor, dou-te hoje os meus pés.

Senhor,

queres minha voz para passar este dia

falando com os que têm necessidade de palavras de amor?

Senhor, dou-te hoje a minha voz.

Senhor,

queres meu coração para passar este dia

amando cada pessoa pelo simples fato de ser pessoa?

Senhor, dou-te hoje o meu coração.


Madre Teresa de Calcutá

A BUSCA


Longamente peregrinei através de muitas vidas por muitas terras, entre muitos povos em busca da meta que não conhecia.
Carreguei o pesado fardo de muitas posses, das riquezas do mundo, dos confortos que fazem a estagnação.
Prostrei-me ante os altares dos santuários que encontrei à margem da estrada e os deuses me recusaram a meta que pretendia.
E na magia das palavras e na embriaguez do incenso permaneci abrigado nas sombras entre as paredes do templo.
Criei filosofias e credos, complicadas teorias de vida.
Entranhei-me das criações intelectuais do homem com elas me engrandeci em arrogância.
E, tão súbito quanto a tempestade desaba, vi-me nu, esmagado pela agonia de coisas transitórias.
E como as terras do deserto sem sombras assim se tornou minha vida.
Vi e me ouvi eremita.
Livra-te do veneno do preconceito que corrompe tua verdade porque és imenso em teus preconceitos, tanto velhos quanto novos.
Livra-te da estreiteza de tuas tradições, convenções, hábitos, sentimentos de posse.
Como o homem que não tem ouvidos, és surdo
para a música melodiosa.
Como o homem que não tem olhos, és cego para o esplendor do crepúsculo.
Como o mergulhador que desce ao fundo do mar arriscando a vida pelo gozo transitório, deves tu também penetrar fundo em ti mesmo.
Como o audaz alpinista que conquista os altos cumes, deves tu também ascender àquela altura vertiginosa, de onde todas as coisas são vistas em suas verdadeiras proporções.
Como o lótus que, rompendo o lodo, ao céu se eleva deves tu também arredar todas as coisas transitórias se queres descobrir tua força oculta para enfrentar as vicissitudes do mundo.
Como a rápida corrente conhece sua nascente, deves tu também conhecer teu próprio ser.
Como a trilha tortuosa da montanha, descortina a cada instante vistas novas, assim também em ti há uma revelação constante a cada experiência de encontro.
Como o mar encerra uma multidão de seres vivos, em ti fazem ocultos segredos de todos os mundos.
Como a flor que desabrocha à branda luz do sol, deves tu te abrir, se te queres conhecer.
Perscruta tuas próprias profundezas com os olhos límpidos se queres perceber todas as coisas.
Como o lago tranqüilo que reflete o céu, assim deverão os homens e as coisas em ti se refletir.
E como o rio misterioso que no largo mar se lança adentro me lancei no mar da libertação.



(Krishnamurti)


O "peso" do pecado .

João 21:15-17: "Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-Me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo. Ele lhe disse: Apascenta as minha ovelhas. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu Me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu Me amas? Pedro entristeceu-se por Ele lhe ter dito, pela terceira vez: tu Me amas? E respondeu-lhe: Senhor, Tu sabes todas as coisas, Tu sabes que eu Te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas."

Nós não somos nada, nosso sustento é Jesus Cristo, nossa segurança é o Senhor, nossa garantia de salvação é Jesus Cristo. A nossa força, o nosso conhecimento da Bíblia, a nossa participação na Igreja, os anos que já estamos na vida cristã, tudo isso é nada.

A coluna vertebral do cristianismo é Jesus Cristo. Pedro se esqueceu disso e caiu. Caiu feio, beijou o pó. Desceu lá no fundo do poço, traiu, dizendo que não conhecia Jesus, quando havia sido entregue. Retornou à sua vida passada, falhou, pecou, abandonou o seu Mestre.

Amados e amadas, não há coisa mais triste na vida espiritual que a consciência de culpado. O grande problema com o pecado não é que Deus não possa nos perdoar. Ele nos perdoa. O grande problema com o pecado é que a consciência do pecador não aceita, as vezes, o perdão.

Será que você é alguém atormentado pelo peso da culpa? É alguém que há anos e anos vem carregando o fardo de uma consciência culpada?

Não importa o seu passado, não importa o seu presente, não importa como você viveu, não importa o que você fez. Há perdão para você e ninguém vai se perder porque um dia caiu, se alguém se perder será simplesmente porque caindo, não quis acreditar de novo, não tentou levantar-se, não tentou continuar a caminhada. Lembre-se de Jesus que sempre em suas curas dizia: "vá e não peques mais".

Paz e bem!